Se não fosse dar-se o caso de eu ter tanto jeito para tirar fotos como para fazer soufflés poderia, de quando em vez, pespegar aqui umas chapas bem jeitosinhas dos sítios lindos adonde a minha Laranjinha me tem levado. Ainda ontem pensava nisso, com certa pena, quando ao seguir um trilho, assim do nada, dei por mim no meio de um campo de rosmaninho* florido. Quão maravilhoso é esquecer que nos dói quase tudo e deixar-se enebriar por aquele perfume e aquele cromatismo? Muito, muito bom, digo-vos eu! Porque se é verdade que "não há como a dor física para amenizar a psíquica", também é verdade que não há como a alegria da alma para revigorar o corpo.
* E quem diz rosmaninho diz outra planta muito semelhante cujo nome ignoro, sendo que para o caso vai dar tudo ao mesmo!