quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Tivesse eu esta queda para o Euromilhões e outro galo me cantava!

No único dia em que realmente estava para lá de atrasada, sou menina para ter cometido a proeza de encontrar o único taxista da capital - que digo?, do mundo!! - que para além de não ter o carro ornamentado com símbolos benfiquistas não usa bigode, contorna todas as poças e pocinhas do asfalto e tem o desplante de conduzir à vertiginosa velocidade de 40km/h, respeitando os semáforos e - heresia das heresias! - os peões nas passadeiras. Resultado? Tive a oportunidade d...e testemunhar a queda de um mito e demorei mais um quarto de hora a chegar ao destino do que se tivesse metido pernas ao caminho!
Naturalmente, como a evangelização tem de começar por algum lado, aproveitei a oportunidade para mandar a "tacadinha" do desrespeito sistemático dos seus congéneres pelos ciclistas! Vá senhor, vá e espalhe a palavra que eu já fiz o mesmo por si!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Memória de elefante.

Refastelada no sofá, frente à lareira, interrompem-me o descanso com um toque constante de campainha. Sim, pessoas, é mesmo por tocardes mais vezes que eu me levanto mais depressa! Não sou surda nem coxa. Mas vou atender a porta quando eu quiser e bem me apetecer!!!
Desgrenhada, abespinhada com tamanha desfaçatez, lá vou eu ver onde há fogo. O que se segue podia ser um relato feito depois de ter andado na borga com o Pires de Lima, mas não: aconteceu mesmo.
 
Fulano: Boa tarde.
Maria: Olá boa tarde. Posso ajudar? Faça favor de dizer ao que vem.
Fulano: [Bla bla bla: coisas lá dele e do meu pai e que a vós vão vos interessam para nada.] A menina não se alembra de mim?
Maria: Não... Desculpe mas assim de repente não estou a ver...
Fulano: Tem a certeza que não se alembra de mim?
Maria: Desculpe, mas não. [Já a dar voltas à moleirinha, a pensar de onde poderia conhecer aquela alma.]
Fulano: Pois, anda lá por fora não é? Já não conhece a gente.
Maria: Desculpe, não me leve a mal, mas de facto não estou mesmo a ver quem o senhor é.
Fulano [indignado e a dar-se a ares de ofendido]: Então, mas... mas... eu andei consigo ao colo!
Maria: Ahhh!!! [Suspiro de alívio] Nesse caso está explicado, senhor! Ainda só passaram 30 anos. Ia lá agora esquecer-me de si e de quando andou comigo ao colo!
 
 
Porquê meu Deus? Porque tentas desta maneira?

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Natal é quando a mana quiser!

Ainda o «tempo estava de ananases»* e já as montras expunham as árvores cheias de bolas e bolinhas. E ao lado a parafernália de presépios. Seguiram-se as ruas e as luzes. O cúmulo foi a mana ligar ontem a perguntar o que quero para presente de Natal. E como eu me mostrasse indecisa, a mana, a mesma que adora surpresas e presentes, diz-me dois meses antes qual é o meu presente. Deve pensar que até lá me esqueço e portanto está assegurado o efeito surpresa.
 
 
* Eça de Queirós

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Olhar com olhos de ver.

«Hoje a M. está triste. Não lhe perguntei o que tem propositadamente. Não porque não me preocupe ou não queira saber, mas porque vi no seus olhos que é algo profundo
 
Conhece-me há apenas meia dúzia de meses. Temos uma relação completamente formal. E sabe-me melhor do que tantas pessoas que fazem parte da minha vida há anos. As pessoas não param de me supreender. Felizmente, nem sempre pela negativa.