Não me posso queixar da vida quando sou eu quem teima em complicar. Não posso mesmo. Tudo seria bem mais simples se eu me contentasse com o básico. Mas não! Nasci assim com aquela pirraça do "The best or nothing" (pelo menos em alguns casos, porque noutros... bem, digamos que eu tenho umas chanecas como as da Madre Teresa e considero-as sapatecas de griffe). Adiante. Quando gosto e quero é aquele(a) ou nenhum(a).
Por estes dias, tímida que sou, meti conversa com uma maltosa e travei amizade com um grupo de pessoas pedaleiras. Dá-se o caso que lá por casa andam uns sapatos de ciclismo a precisar de ser usados. E várias luvas. Um capacete. Óculos e calções também tenho. Até jerseys arranjei. Mas bike nem vê-la. Estou tipo apeada. E porquê? Porque meti na cabeça - na cabeça não!, no coração, que uma certa menina há-de vir morar comigo e havemos de ser muito felizes. Pois senhores, desde que estes olhos lindos bateram naquela preciosidade deu-se assim uma espécie de epifania, um enamoramento assolapado. Depois dela mais nenhuma se lhe compara e mais nenhuma me enche as medidas. E tudo seria tão mais perfeito se não fosse dar-se o caso de a dita cuja custar mundos e fundos. Credo! Ca roubalheira! Mas como me convenci disso e dali ninguém me tira, quero só ver quando é que a compra se efectiva dado que a coisa não está para brincadeiras! Obviamente já tive de bater as pestanas à Gato Shreck para alguém do grupo me emprestar uma para ir treinando nos entretantos. E como a vergonha não tivesse sido suficiente ainda tive de responder à pergunta "Como estamos de forma?" Como estamos? Gelatinosas, f'lhinho, que eu cá não tenho feito nenhum a não ser estar sentada a escrever e escrever a fim de sustentar o vício e ver se me pingam uns trocados extra para finalmente carregar na tecla do "send" na página das encomendas! Sofro. E nem vós sabeis quanto.
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