sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O Perfume.

Há quem tenhas músicas proibidas. Lugares aonde não se quer voltar. Porque lhes lembra alguém.  Porque foram felizes aí. Porque têm medo de recordar, de voltar ao passado, de avivar memórias.
Eu tenho um perfume que me lembra de ti. Não o teu. O meu. Um que escolheste para mim. Um cuja fórmula me explicaste. Um que dizias ser a minha cara. Um perfume quase raro, peculiar.
Há dias peguei no frasco, abri-o, aspirei fundo e ao que parece, segundo a pessoa que estava comigo, pôs-me «um sorriso bom na cara». Comprei-o. Não porque me lembre de ti. Mas porque me traz à memória aqueles dias bons, felizes. Porque me recorda a pessoa que eu era. Contigo. Hoje, sem ti, faz sentido continuar a usá-lo. Continua a ser raro, peculiar. Como eu!

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