terça-feira, 7 de maio de 2013

Funcionário público sofre... mas o público sofre muito mais!

Não tenho pachorra para pessoas mal educadas. Eu sou o cúmulo do mau humor, que sou. Às vezes sabe Deus como eu mesma me suporto. Segundo a amiga D. estou muitas vezes no limiar da insolência em relação aos que me são mais próximos. Mas má educação é coisa que não me assiste. Não se trata de presunção, é um facto. Aliás, sou das que tem voz de telefonista quando se trata de atender pessoas. Não há nada que justifique uma falta de educação. Mesmo quando o são para comigo, evito sê-lo para com os outros. Ora, se há coisa que detesto, dizia, são pessoas mal educadas. Mas se há coisa que detesto ainda mais são pessoas mal educadas a desempenharem funções que implicam atendimento ao público e afins. Acho o fim da picada. O cúmulo. Gente, vós sois pagos para ter de lidar com pessoas. Sim, há gente pouco cortês que se vos dirige; sim, tendes de ouvir de tudo um pouco; sim, não há paciência para o mau humor alheio. Mas sois pagos para isso, para apresentar respostas, ajudar, atender pessoas. Esta história é tão batida, rebatida, esbatida que já cheira mal, mas quando chega a nossa vez de ficar 18 minutos e 8 segundos em espera para depois nos dizerem que passaram a chamada 2937592765 vezes para 46528658 departamentos diferentes e que afinal nenhum nos pode ajudar e «olhe, mande mazé um email», a piurça que há em mim salienta-se! Eu tenho de lidar com pessoas de todas as condições sociais, cores, tamanhos e feitios diariamente. Muitos deles faltam-me ao respeito até. Mas asseguro-vos que nunca deixei de tentar ajudar e procurar soluções para aqueles que me merecem essa atenção, desde que esteja ao meu alcance. A atitude dos funcionários da maioria das secretarias, serviços centrais e ademais botequins revela o que o país tem de melhor (not!): o braço cruzado, o laissez-faire laissez-passer, a atitude do deixa andar, da resignação. Não suporto esta desistência, o não querer saber porque dá trabalho! Chiça penico! Um só não fará a diferença, mas se vários uns tentarem... a bem da saúde mental de um forma geral, gente!
 

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