quarta-feira, 19 de junho de 2013

Da minha janela vejo o mar. Apetece-me o que está para lá dele.

Uma pessoa gosta da vidinha que leva. Tem de fazer por gostar ou então procurar mudar o que está menos bem. Uma pessoa esforça-se por se adaptar. Tem até a sensação que sim, que são mais os dias em que anda nas nuvens porque o coração se fez leve. Até ao dia - porque esse filho de uma grande meretriz acaba sempre por chegar - em que uns fedelhos amorosos se abeiram de nós, passamos uma tarde de regabofe a ensinar umas coisas aos miúdos e pimbas, no dia seguinte os espaços até onde agora nos sentíamos bem voltam a ser claustrofóbicos. E aquelas vozinhas que desde há tantos anos teimam em zunir aos ouvidinhos voltam a clamar por liberdade. O que raisdiabos estou eu aqui a fazer? Hoje os pés são de chumbo porque o coração voltou a estar carregado de lágrimas.

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