domingo, 16 de junho de 2013

Receita para a desgraça.

Os amigos já cá estavam. Os primos fizeram o "sacrifício" de aparecer. Um telefonema. Jantar marcado. E outro. E outro. O resto? O resto é feito de noite iluminada pelas lanternas coloridas, pelas fitas emaranhadas que atravessam de janela a janela, pelo cheiro a sardinha assada, pelo fumo que se entranha mas no qual ninguém repara, pelas ruas em confusão, pelas pessoas que convergem para os becos e  bairros, por pregões lançados por vozes pujantes, por matronas bem providas de carnes que se abanam escadarias acima, pelo cheiro a farturas e a churros, por casais que se abraçam, por raparigas lindas que dançam embaladas pelas marchas, por copos que tilintam (ok, tilintar se calhar é de mais que nestes dias é tudo de plastique e upa upa) em brindes infindáveis, por gargantas roucas de cantarolar até de madrugada, por risadas partilhadas, por regressos a casa quando o dia começa a clarear, por um trautear que fica no ouvido e não mais me abandona(rá). Lisboa, que linda que ela é!
 
 
* A bem da verdade deveria dizer que é também dores de cabeça, sonos trocados, corpos moídos, pés esfalfadinhos. Mas que sa lixe. Isso são apenas pormenores.

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