A P. fez anos há mais de uma
dúzia de dias. Era suposto ter tido direito a post personalizado, mas eu andava
cinzentona e as pessoas, as minhas
pessoas, merecem-me apenas o melhor. Ainda por cima a P., que já teve o pior de
mim. Ficou para depois. E agora ando aqui com uma data de coisas para dizer
sobre ela, que vão desde a admiração pelo talento e pela dedicação à sua arte,
até ao respeito que lhe tenho pelo profissionalismo e empenho. Mas é sobretudo
a alegria de a saber ali, aqui tão perto se necessário for, tão feliz e
realizada. Depois de tropeções, de dias enevoados como o camandro, regados a
água que era chuva e lágrimas.
E, como me escasseie o talento
para o dizer melhor, declaro apenas que a gratidão é das minhas virtudes preferidas.
E à P. estou-lhe grata. Pelas horas roubadas, pelo refúgio, pela compreensão. E
até por coisas que ela nem sabe que fez por mim, mas que fez, estando apenas e
acreditando em mim quando eu mesma não o fazia.
P., que nos seja dado viver por
muitos anos e que a caminhada que ainda temos pela frente seja como a deste
ano: tão plena de amor e de amizade.