Por motivos superiores - como certos festejos que exigem a minha total atenção e me deixam prostradinha por dias e dias - não tive o (des)prazer de assistir atempadamente à entrevista ao outro moço que é amigo da Pamela e nada em dinheiro. Mas como na net se armou um sururu do tamanho do Grand Canyon inteirei-me rapidamente da confusão que se instalou. De todos os lados e de ainda mais algum soltaram-se vozes estridentes a apelar ao enforcamento da senhora, à chacina em praça pública. Por mim, tudo bem. Adoro um bom massacre! E se é para falar mal esperem por mim que sou um talento nato. Acontece que, e agora mais a sério, caímos no mesmo erro em que, enquanto povo unido que somos, teimamos em incorrer repetidamente: generalizamos e embandeiramos em arco. Das duas uma: ou havia por aí muito ódio escondido contra a Juditinha ou então está tudo a ver se cai nas boas graças do milionário. Se a entrevista foi um asco, despropositada, com ataques infundados, sim senhor, manifestemos desagrado. Se, eventualmente até temos o dom da escrita e somos dados à laracha, façamos um post scriptum a achincalhar o modelito da senhora. Agora, atacarem a vida pessoal da Judite, o casamento, a figura, pondo em causa todo o seu percurso profissional só porque somos dados a papar grupos já são outros quinhentos. O rapaz respondeu à altura. Ela retractou-se e admitiu todas as falhas que lhe foram apontadas. Ninguém ficou mais informado mas muitos certamente ficaram mais ressabiados por verem que há quem tenha mais dinheiro que eu sei lá o quê. Um mau momento televisivo. Não passou disso. Portanto escusais de vir já com as forquilhas em riste a caçar a bruxa que ao parecer defender os pobres acabou por dar a ideia de atacar o desgraçadinho do milionário.
Pelo sim pelo não eu estou a organizar um sindicato que zele pelos direitos dos pedintes e vagabundos. Estou ansiosa para saber quem, depois da Pepa, da Jonet e da Judite, vai ser o próximo alvo dos fiéis escudeiros dos pobrezinhos.
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